A controversa cantora Lady Gaga seguidamente demonstra sua espiritualidade.
Esta semana ela levantou novamente essa questão ao falar sobre “Judas”, seu próximo single. Na música, ela aborda um relacionamento amoroso com Judas, o discípulo que traiu Jesus com um beijo e se matou depois. Gaga disse a um programa de rádio americano que o tema é “apaixonar-se sempre pelo homem errado”.
“Essa música fala sobre honrar sua escuridão para trazê-la para a luz. Você precisa olhar para o que está te assombrando e também aprender a perdoar a si mesmo para seguir em frente”, explicou Gaga.
Esperando para exemplificar sua convicção, declarou: “Eu adoro os meus fãs. Eles são a minha religião. ”
Essa confusão de Gaga parece ser causada pelo preconceito e ódio de muitos grupos religiosos e igrejas que atacam abertamente aqueles que não se encaixam em um determinado modelo.
Recentemente, Lady Gaga reclamou de um piquete de cristãos em frente a um de seus shows. Eles estavam distribuindo panfletos no portão do local do show e entregaram um a ela.
O panfleto dizia: “Passe livre para sair do inferno”. Ao ler a mensagem, Gaga disse a ele: “Por que você está aqui fora deste ginásio, se tudo o que precisamos fazer é imprimir esses pequenos cartões para sairmos do inferno de graça?”. Ele respondeu: “Você vai para o inferno!”, Gaga pareceu não se importar e retrucou: “Então abram os portões do inferno, pois todos eles irão comigo!”. Logo depois explicou que era brincadeira, que fez isso só para provocar o rapaz do panfleto.
Abraçar todas as diferenças parece ser “o evangelho segundo Gaga”, que defende aceitação, positividade e amor. Brian Kirk, pastor e professor adjunto no Eden Theological Seminary, é um dos que aplaude Gaga por sua habilidade de ecoar o amor incondicional de Jesus aos excluídos da cultura na música “Born This Way” ( Nasci assim)
“Eu não sei por que ao longo da existência da Igreja, muitas vezes temos ignorado esta abordagem e preferimos abordar apenas a depravação e a pecaminosidade inata da humanidade. Muitas pesquisas indicam que os jovens de hoje identificam a Igreja não com uma mensagem de amor, mas de julgamento e de justiça própria. Não é à toa que alguns jovens preferem ver o Jesus das Escrituras espelhado mais na música popular do que na vida da Igreja. Lady Gaga fala diretamente àqueles que a Igreja condena, e oferece uma visão alternativa de um mundo sem julgamento. Não é muito diferente da visão do próprio Jesus de um reino de Deus centrado na graça e no perdão”
Por outro lado, o Dr. Seth Polk, pastor da Igreja Batista de Cross Lanes, acha a mensagem de Lady Gaga confusa e equivocada. Ele perguntou aos leitores do seu blog: “Será que estamos preparados para pensar claramente sobre o que acreditamos? Os cristãos estão adequadamente preparados para refutar esse pensamento confuso com a esperança do Evangelho? ”
Vendo a entrevista de Gaga a Larry King, Polk percebeu que “muitas de suas crenças a respeito da religião eram comuns à cultura de hoje. Muitos acreditam que a religião e a Igreja são coisas completamente distintas. E que as pessoas podem ser religiosas e espirituais, e escolher no que querem acreditar, e que não há um caminho único”.
O terceiro disco de Gaga, Born This Way será lançado dia 23 de maio. Até lá possivelmente outras polêmicas sobre seu trabalho e música surgirão. Afinal, como ela mesmo disse: “Gravarei muitas músicas que vão irritar algumas pessoas”.
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